Plantas para ter dentro de casa
Luz artificial, espaço limitado e pouca ventilação não impedem
certas espécies de habitarem até lavabos. Tome nota de quais são e copie
a maneira de apresentá-las
Janela com paisagem
A vista verdejante está bem perto dos olhos nesta janela de
vidro fixo, tomada por mais de 40 vasos. A paisagista Gabriela Pileggi
Monteiro aproveitou a entrada de luz natural e planejou as prateleiras
de mDF de 20 cm de largura (daquelas compradas em lojas de construção),
alinhadas umas sobre as outras. O espaçamento entre as tábuas varia de
20 a 40 cm. as plantas – todas de pequeno porte – têm comportamento
parecido: gostam de luz indireta e não dão trabalho, são de baixíssima
manutenção. Anote os nomes: no centro, a partir da esq., véu-de-noiva,
asplênio, espadinhas, seguidas da carnívora nepenthes, avenca, e
minicactos variados. “O legal dessa ideia é a possibilidade de mesclar
vasos de diferentes tamanhos e texturas”, sugere gabriela. Aqui, há
modelos de barro, cerâmica e fibra natural, estes como cachepô.
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Chá natural
Latas de chá ganham outra utilidade além de decorar a cozinha.
Faça dois ou três furinhos no fundo de cada uma delas, acrescente
camadas de argila expandida, manta geotêxtil e terra adubada e plante
ervas ou temperos. O parapeito da janela, que recebe a visita do sol por
algumas horas, tem hortelã, manjericão e minirrosas. As recomendações
para mantê-las saudáveis por mais tempo são quatro horas diárias de luz
natural, regas a cada dois dias e retirada constante das folhas. “Nas
latas maiores dá até para cultivar forrações, como barba-de-bode”, conta
a paisagista Claudia Muñoz.
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Trio aéreo
Ganchos rosqueados no teto são o que você precisa para pôr esta
sugestão em prática. O suporte de ferro da Jardineiro Fiel acomoda vasos
do mesmo material com minissamambaias. A espécie vive em áreas
sombreadas como poucas, porém – devido à origem tropical – não tolera
baixas temperaturas. Precisa de adubação e regas periódicas.
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Para o alto e avante!
O sobe e desce pela escada de madeira seria menos interessante
sem a presença da figueira-lira e da zamioculca. A primeira, uma árvore
que alcança até 12 m quando plantada no solo, é contida pelo plantio em
vaso. “Em um modelo de 65 cm de diâmetro a figueira atinge apenas 2,50 m
de altura”, afirma Gabriela Pileggi Monteiro. ambas se adaptam bem a
condições de pouca luz. Precisam apenas de solo úmido e fértil.
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Peixes fora d’água
Nos aquários de vidro, os peixes perderam a vez para ripsális e
cactos. As duas variedades sobrevivem às mais desafiadoras condições.
Para plantálas, a receita é um pouco diferente do tradicional: “Coloque
uma camada de pedriscos, terra misturada com areia e, por último, a
planta”, ensina a paisagista Claudia Regina, da la Calle Florida.
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Vasinhos engaiolados
Orquídeas phalaenopsis recheiam o interior da gaiola de ferro. a
espécie eleita pela paisagista Claudia Munõz, da línea paisagismo,
requer poucos cuidados: rega semanal e abrigo sombreado, protegido das
correntes de ar. O lindo efeito florido, entretanto, tem duração de um
mês. Depois, a orquídea perde as suas flores e os novos brotos surgirão
no ano seguinte. Gaiola da art de l’ange.
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Compotas sem validade
Resistente e muito prática, a suculenta é um das melhores
espécies para quem não tem tempo ou vocação de jardineiro. A família
vive com pouca luminosidade e rega controlada – a cada 7 dias no verão e
a cada 10, no inverno. No aparador rústico, o paisagista odilon Claro,
da anni Verdi, usou porta-mantimentos, compoteiras, tampas e terrários
como vasos. Neles, uma camada inicial de carvão vegetal absorve a água a
mais da rega, indispensável para a sobrevivência do arranjo. Coube
ainda na brincadeira uma pequena pata-de-elefante. Vidros da D’Kaza.
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Respiro de verde
A reunião com licualas, pacovás e íris ficou bem instalada
embaixo da escada neste recorte de 4 m² de jardim pensado pelo
paisagista gil Fialho. “as espécies estão plantadas em vasos de cimento e
têm crescimento limitado a apenas um metro”, explica Fialho. Com o
vidro por perto, elas recebem luz na medida. a forração de seixo rolado
quebra a rigidez do piso cerâmico.
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Casinha arejada
O vistoso terrário de ferro exibe lanças-desão- jorge ora
plantadas em vasos com terra, ora submersas na água. As suas folhas
pontiagudas atingem até 50 cm de altura e aceitam as duas condições
dentro de casa. Na parte inferior, o pacova aproveita o espaço livre. a
espécie adora ambientes fechados, desde que tenha luminosidade por
perto. A composição é da la Calle Florida.
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Luz, só de dicroica!
Duas suculentas em caixas de vidro provam que até no lavabo é
possível ter plantas. Na bancada, elas dividem a área com perfumeiros. A
montagem do vaso é simples. “Primeiro são colocadas as cascas de pínus
e, no centro delas, a suculenta com um pouco de terra e areia”, explica a
paisagista Drica Diogo, da pateo arquitetura e paisagismo. se quiser,
você pode manter as espécies em vasos de plástico e só escondê-los com
as cascas.