No Sudeste Asiático e na índia, era
atribuída ao tamarindeiro a fama de ser morada de influências maléficas, sendo
seu perfume, sua sombra e objetos perigosos produzidos de seu tronco
considerados perigosos. Segundo a tradição, as armas que possuíssem bainha
feita de sua madeira teriam poderes para dominar o mais temível inimigo, até
mesmo os considerados invulneráveis. Na Europa, era conhecido desde a Idade
Média, tendo sido introduzido, possivelmente, por meio dos Árabes. Estes a
denominavam Tamr al-Hindi,, cujo significado é “tâmara da Índia’’,
em referência à polpa de seu fruto, que julgavam semelhante à da tâmara”.
No Brasil, difundido e cultivado há séculos, o
tamarindeiro é uma árvore que, devido a grande beleza e produção de sombra, é
muito apreciada como ornamental e para urbanização, nas cidades e estradas,
apesar de apresentar um crescimento lento. Seu tronco fornece madeira de boa
qualidade para construção civil, embora difícil de trabalhar pela sua dureza a
serras e pregos. O fruto, de sabor refrescante, ácido, adstringente e, ao mesmo
tempo um pouco doce, é bastante conhecido e muito utilizado para fabricação de
balas, refrescos, licores e sorvetes.
Na indústria farmacêutica, o tamarindo encontra
utilização em preparados laxativos e em aromatizantes. Na medicina popular
também é amplamente empregado como laxante, inclusive para tratar crianças, já
que seu consumo raramente oferece riscos.
Originário da África equatorial e da índia.
Cultivado em regiões de clima quente ou temperado, está bem aclimatado no
Brasil.
De todas as árvores leguminosas frutíferas dos
Trópicos, nenhuma é tão distribuída, e apreciada como ornamental do que o
tamarindeiro. A maioria de seus nomes coloquial é variações no termo inglês
comum (tamarind). Em espanhol e português, é tamarindo; em francês, do tamarin,
o mais tamarinier ou mais tamarindier; em holandês e alemão, Tamarinde; no
italiano, tamarandizio e na Índia, é tamarind ou ambli, imli ou chinch. O
tamarindeiro é conhecido como um adjetivo qualificado; é aplicado
freqüentemente a outros membros da família leguminosae que tem as folhas um
tanto similar.
O
tamarindeiro ( Tamarindus indica ) é uma árvore economicamente
importante, encontra-se em muitos países da Ásia, África e América do Sul. É
uma cultura ideal para regiões semi-áridas, especialmente nas áreas com
eminência de seca prolongada. O tamarindeiro pode tolerar 5 - 6 meses de
condições de seca, mas não gosta do fogo, da geada ou de longo período de
chuva. É uma árvore de fácil cultivo, e requer cuidado mínimo. Está geralmente
livre de pragas e doenças sérias, tem uma extensão de vida de 80-200 anos, e
pode render 150-500kg de vagem por árvore saudável por ano, em 20 anos de
idade.
O
tamarindeiro é considerado uma árvore de multiuso. É uma fonte de madeira, de
fruta, de sementes, de forragem animal, de extratos medicinais e de potenciais
componentes industriais. Para pequenos produtores rurais, os quais cultivam
cultura de subsistência, a cultura do tamarindeiro pode ser uma fonte de renda
nos períodos difíceis, ou seja, de baixo preço e baixa produtividade da cultura
principal. As árvores do tamarindeiro podem compensar produtores nas épocas em
que as culturas principais já foram colhidas. O tamarindo, geralmente é colhido
na estação seca do ano, oferecendo desse modo, um retorno econômico potencial
em mercados locais quando o alimento é escasso.
O fruto do tamarindeiro é utilizado na fabricação
de refrescos, sorvetes, pastas, doces e licores. Mas, sua industrialização tem
sido em maior parte na forma de sucos e pastas preparados a partir da polpa.
Os
frutos do tamarindeiro apresentam uma grande variação nas suas características
físico-químicas, as quais, dependem principalmente do local onde foi produzido
e do período pós-colheita. O comprimento varia de dois centímetros e mio a 17,5
cm e a largura de dois a três centímetros. Cada fruto possui de uma a 10
sementes, pesa de 10 a 15 gramas e suas partes constituintes, casca, polpa e
sementes, contribuem respectivamente com 30%. 30% e 40% para o peso do fruto
inteiro. A composição química da polpa (parte comestível) varia em muito,
destacando-se os teores de carboidratos – fração nifext (59,8 a 71%), ácidos
(12,2 a 23,8%), sólidos solúveis (54 a 69,8%), além da umidade (15 a 47%) e
proteínas (1,4 a 3,4%).
No
Brasil as plantas foram introduzidas da Ásia e mostram-se naturalizadas e
subespontâneas em vários estados, além de serem cultivadas em quase todos.
Apesar de não ser nativo do Nordeste, devido a sua grande adaptação, o
tamarindeiro é considerado como planta frutífera típica da região, mas pouco se
conhece do fruto no Nordeste e em outras regiões cultiváveis. Para minimizar o
problema, pesquisas são necessárias para maiores informações sobre a cultura,
para um melhor aproveitamento industrial racional da cultura.
Há
diferentes variedades cultiváveis de tamarindo, as quais podem ser divididas em
ácidas e doces. A maioria dos países, cultivam plantas com características
varietais ácidas, essas quais tem a facilidade de desenvolverem em locais
quentes e ensolarados. As variedades do tipo doce não estão disponíveis. Nas
plantas doces de tamarindeiro, podem ser encontrados ramos isolados que
carregam frutos nos pontos de brotações. Estes ramos podem ser utilizados para
propagação vegetativa na obtenção de plantas doces de tamarindeiro.